sábado, 5 de janeiro de 2013

Nada nesse mundo
Se compara ao cheiro dela
Ao toque
Ao colo
Nada nesse mundo
É tão seguro
Tão terno
Tão doce
A comida tem mais gosto quando ela faz
As coisas ficam mais organizadas
com ela por perto
O brilho de tudo muda
Acredito que ela tenha algo de mágico
Porque tudo que ela toca fica melhor
E eu sou tão grata ao universo
Porque nasci de seu ventre
Tomei de seu leite
Provei a vida inteira de seu amor
Maior amor do mundo
Ela tem o dom
de espantar qualquer fantasma
de perto de mim

Feliz aniversário a pessoa mais linda
Doce
E importante desse mundo
E de qualquer outro mundo

Dona Celeide
Minha mãe.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Paradoxo

O mundo e as pessoas em que o habitam são tão engraçados.
Todos com suas verdades e suas mentiras. Tão incompletos, tão imaturos.
A verdade não existe. Essa é a verdade.
Paradoxo? Talvez. Mas nessa vida insana o que não o é?
Lis tem razão mais uma vez. Se a pessoa ainda não entendeu, tentar lhe explicar pela milésima vez fará tanto efeito quanto as outras vezes anteriores. Se a pessoa já entendeu, basta. Assunto encerrado.
Essa coisas de discussões são engraçadas quando não se tem o que fazer e o seu "oponente" realmente tenha algo a lhe agregar.
O difícil é encontrar pessoas assim. E mais complicado ainda encontrar pessoas que realmente tenham algo que valha a pena dizer e realmente o digam.
O mundo é paradoxo. É todo ao contrário, todo incompleto, todo complexo.
A vida é uma piada, um circo que eu não encontrei ainda a resposta se vale a pena passar por tantas agruras para que no final colhamos alguma coisa. E se sim. Que coisa seria essa? Será mesmo que há?
Felicidade. Pelo menos pra mim é um mito. Desconheço alguém que se diga feliz com sinceridade. A mesma de quando abraça o travesseiro a prantos.
Essa coisa de perfeição e de seguir padrões me cansam.
E por isso mesmo larguei os antidepressivos. Seja o que tiver que sem sem amenizar nada...
Porque de um jeito ou de outro não há sentido algum...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A gente só não inventa a dor...


As vezes o que a gente pensa, quer, tenta, não é suficiente.
A mente cansa e o corpo acompanha.
De repente parece que acabou a luz e tudo tem de ser feito na mais profunda escuridão. Os movimentos ficam mais lentos, a gente erra mais.
Trabalhar fica difícil, ler é impossível, concentração simplesmente não existe.
E naquele escuro total a vontade maior é de dormir, mas ironicamente o sono nunca chega.
E cada dia que passa vai ficando mais bagunçado, tudo piora e aquela tocha de luz parece estar mais e mais longe...
E eu to medo do escuro.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O mundo está ao contrário e ninguém reparou...

De que valem os antidepressivos se não mudam a situação?
De que valem as terapias se o inferno são os outros?
De que vale tanta maquiagem se não posso maquiar como me sinto?
De que valem as dietas, os exercícios, os sorrisos falsos?
O mundo não faz sentido quando estar vivo é o problema.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sensação peixe bolha.

Há tanta coisa parada e trancada dentro da minha cabeça pedindo pra sair, mas a minha falta de paciência com o mundo e essa coisa parecida com preguiça me impedem de escrever, falar e em certas ocasiões de pensar.

Quero doses de sono com tequila e rivotril.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A ilusão dos unicórnios indiferentes...

Na vida passamos por muitas etapas. Algumas pessoas se vão com o tempo, outras tristemente são mandadas embora.
E assim sucessivamente a vida vai mudando o seu rumo, outras pessoas vão aparecendo e num piscar de olhos já fazem parte do nosso cotidiano, como se sempre estivessem ali.
No último ano tenho convivido com pessoas mais maduras, o que fez com que eu as acompanhasse e conseqüentemente amadurecesse. 
Pessoas que correm atrás dos seus sonhos, que não desanimam em frente a obstáculos, que se reinventam todos os dias. Que riem, pulam, fazem poses, dão risadas e mais do que isso seguem em frente independente da situação que estão passando. 
Aprendi a seguir em frente.
O mais interessante nessas pessoas é o hábito de conversar, dialogar, se resolver. E isso é tão intriseco  nelas que é natural. Como se fosse um absurdo agir de outra maneira. E não é?
Mas o interessante é que nesse tempo em que adquiri hábito da conversa franca e clara sem ofensas, percebi que me tornei intolerante a pessoas infantis, que se maqueiam, que inventam coisas, ou seja, pessoas que se escondem.
Há uma beleza tão livre na verdade dolorida que chega a ser poético. 
E eu tentei com todas as minhas forças, e os Deuses sabem que eu tentei com todo o meu Deus interior continuar a enxergar essa beleza nele.
Continuar achando que ele é um ser raro como um unicórnio, e não apenas mais um na multidão de rostos que ficaram pra trás. 
Insisti dando a ele a chance de se redimir. Mas ele permaneceu preso a sua indiferença infantil.
E nem se desculpou ao saber que sua mentira foi descoberta. Permaneceu intacto e frio na indiferença . Com a ilusão perfeita das pessoas comuns que acreditam que para seguir em frente é necessário sangrar o coração de alguém. Crente de que a sua aposta é alta.
Mais alta do que ele mesmo pode supor.
Os dados não estão mais rolando. O jogo é de cartas. E as cartas não mentem jamais!
Quando ele perceber o que era verdade, o que lhe foi dito. Que o verdadeiro é construído com o tempo e que as pessoas importantes merecem o seu lugar ao sol... será tarde demais.
Ele me perdeu!
Infelizmente, ele reconhecerá a importância da minha presença com a minha ausência. 
Aliás, como todos os outros e outras. Todos comuns. Todos iguais.
Afinal, ele não era um unicórnio. 
Não passava de uma pessoa comum...



Crente que o que ele sente

É sagrado

E é tudo piada
E é tudo piada
(Cazuza)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu tenho complexo de Peter Pan com personalidade de Capitão Gancho - Alice Cooper

Eu não faço questão de ser boa.
Deixei de ter a sindrome da mulher maravilha faz muito tempo.
Tenho juízo, mas gosto de errar de vez em quando. Dá um sabor diferente as coisas.
Sou birrenta, irritavel e na maior parte das vezes inflexível.
Não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço nem nunca consegui ser comandada por regras que não sejam as minhas próprias.
Eu não acredito em Deus.
Amizade pra mim é mais do que se dizer amiga (o). É ter cumplicidade tamanha que se perceba a dor do outro. Que se doa também.
Sempre gostei das pessoas que tivessem mais dores. Talvez porque na dor são mais sinceras. Talvez porque na dor se cresce mais. Talvez porque eu goste de gente que tenha o que pensar.
A questão é que eu gosto de gente de verdade. Que sente e pensa por si.
Eu não sinto pena das pessoas.
As pessoas correm de acordo com as suas escolhas.
E escolhas trazem alegrias e sofrimentos momentâneos. E o fato de eu usufruir do meu direito de escolher não me faz melhor e nem pior que ninguém. Eu não quero nada que me faça mal.
Eu sinto preguiça de pessoas que não assumem o que são.
Que culpam o mundo pela forma com que vivem as suas próprias vidas.
Eu sinto desprezo por gente sem personalidade. Sem escolhas próprias. Jogando nas mãos de outros a responsabilidade de viver suas vidas.
Felicidade não existe! Amor eterno também não. O amor pode se quebrar.
Salvo o amor das mães por seus filhos. Que sempre serão pequenos. Mesmo aos 80 anos.
Eu acredito é nos loucos.
Eu sinto desprezo, eu sinto raiva, sinto solidão, me sinto infeliz as vezes. Faz parte de ser humana e eu respeito todos esses sentimentos em mim.
Sou perdida e não sei onde vou dar.
Não tenho um pingo de vontade de seguir o padrão da humanidade. Caso contrário já teria me casado.
Não. Eu não sonho em me casar.
Não tenho medo da solidão. Falo dela com naturalidade.
Descobri que quase todo mundo é solitário. E os mais tristes são os acompanhados.
Eu não sou promíscua, mas sou imoral. Gosto de viver coisas novas sempre. Em todas as áreas.
Eu não me importo se meu vizinho souber que eu entrei em uma sala de bate-papo de sexo.
Eu faço questão do que eu quero. Faço questão de não querer também.
Digo não com a mesma freqüência que o sim. Não tenho travas na lingua. Não tenho medo de não me fazer entender.
O que não presta eu jogo fora. Não existem segundas chances. Há muita coisa pra se viver em pouco tempo.
Eu não aceito que o mundo me dite como agir, sentir ou pensar. Faço isso por mim mesma.
E geralmente pego a estrada oposta aos demais.
E colho sozinha as alegrias e desventuras de ser eu.
Acho o amor a coisa mais ridícula do mundo e nunca fui tão sincera quanto hoje.
Estou brochada para um mundo preguiçoso, egocêntrico e egoísta.
E foi porque lhe disse boas verdades que ele disse sentir admiração por mim.
Interessante: - Eu não me importo.


E que fique muito mal explicado.
Não faço força para ser entendido.
Quem faz sentido é soldado.
Mário Quintana

quarta-feira, 22 de setembro de 2010




- Ela é tão livre que um dia será presa.

- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.

Clarice Lispector
 
 
Esse trecho me lembra de algumas conversas com a Lis, enquanto eu tinha problemas em família. Me fez pensar que mais uma vez a Lis estava certa.
A liberdade ofende.

sábado, 11 de setembro de 2010

Procura-se para namoro.

Alguém inteligente, culto, agradável, que saiba contar piadas, goste de ler, goste de MPB, Rock, Blues, Samba, Samba-rock e musica Celta, de preferencia que seja ateu (Mas abrimos exceções caso não seja fanatico religioso), que queira viajar muito, goste de todos os meus amigos, seja trabalhador, goste de barzinhos e receber amigos em casa, deteste baladas, goste de seriados, queira ter um filho e se pareça fisicamente com Eddie Vedder ou Johnny Depp.
Não é necessário ser rico, desde que consiga arcar com as próprias despesas.

Se você se enquadra nas exigencias acima. Envie curriculo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sabedoria rodoviária: Porque amigo é amigo e FDP e FDP!

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde (É claro)


Na foto os amigos:
Elainiii e Laís     * Lezinho
Rogério             * Leandro, Gonça e Déia
Edy                   * Wesley
Wesley e Rose  *  Marisa
Gaby, Ro e Kell * Mohamed, Gaby, Nando e Marisa
Marisa e Mi       * Pichorra
Gislene             * Priscila  
   

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos...

No decorrer da vida desfrutei de diversos tipos de relacionamentos.

Mais ainda daquele chamado amizade.
Tive amigos apaixonados, amigos malucos, egoístas, amigos pra toda hora, amigos de balada, amigos de estudo, de confidencia, de loucuras, amigos famosos, amigos por ideal, amigos cultos, amigos dramáticos, que falam palavrão, de todos os tipos.
Com cada um aprendi alguma particularidade.
Aprendi ser mais humana, escrever melhor, aprendi o gosto pela leitura, aprendi a gostar de rock, de Chico Buarque, Simoninha, aprendi a me maquear, a não usar estampas com listras e a falar palavrão.
Muitos deles me trouxeram tantas alegrias, sorrisos, lagrimas de emoção. Outros tantos nervosismos, dor, cansaço.
Em muitos desses relacionamentos saí maior, melhor e em outros cansada, sugada.
Acredito que viver é assim. É conhecer, se melhorar, escolher.
E por ter tido amigos de todos os tipos, cores, credos. É que eu percebi que a amizade que vale a pena cultivar é a que te faz maior e melhor.
Amiga é aquela pessoa que inventa uma desculpa pra pegar o carro dos pais porque você está morrendo de medo de fazer aquele teste sozinha. É aquela que embora não faça mudar o resultado, naquele momento importante te olha e diz “Eu to aqui”.


Na foto: - Kelly (Com quem eu já pisei na bola, dei mancada, levei bronca, dei bronca, briguei, chorei, ri, bebi. Quem me aceita como eu sou).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ser grande significa ser incompreendido.

Lis é grande amante da beleza. Gosta de admirá-la, de degustá-la. Coisa que se vê facilmente em suas fotografias. Nos detalhes, no ângulo, na perfeição.
Também é amante de palavras. O que reconheci nos primeiros de nossos tantos diálogos.
Lis é a pessoa com quem compartilho minhas solidões, meus achados musicais e literários e com quem vale a pena ter longas conversas sobre política, religião, história, sobre as fraquezas e fortalezas do coração e os labirintos dessa vida maluca.
Lis é uma atriz, uma escritora, uma pintora, uma contestadora, uma artista. Lis é o meu próprio Oscar Wilde!



Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde